O Nordeste, nos últimos 12 anos, recebeu expressivos investimentos, que mudaram, significativamente, o perfil daquela região, que antes era estigmatizada como o local do País mais pobre, com menos infraestrutura e oportunidades. A concentração de riquezas, indústrias e investimentos no Sudeste provocou, por muito tempo, uma migração que esvaziou terras no Nordeste e superpovoou as periferias no eixo Rio-São Paulo.
Na última década, o governo federal investiu mais de R$ 32 bilhões em obras para garantir o acesso à água, especialmente nos períodos de seca. A principal ação em andamento é a Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste, que tem objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Semiárido Nordestino, distribuídos entre os estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil é também uma das 50 maiores construções de infraestrutura em execução no mundo e já está com 100% de todas as etapas contratadas. O Projeto de Integração do Rio São Francisco está orçado em R$ 8,2 bilhões. O empreendimento vem para solucionar problema da falta dágua, mas seus benefícios serão ainda mais representativos na região, com a geração de emprego e a inclusão social.
Nem mesmo com a seca os nordestinos precisam sair da região que, historicamente, sofreu graves efeitos em relação à seca. Para tanto, a população recebeu 548,7 mil cisternas para consumo por meio do Programa Água para Todos, que propõe universalizar o acesso à água em todo o País.
Outros R$ 7 bilhões foram utilizados para incentivar a agropecuária com tecnologias de convivência com o Semiárido e a estiagem, por meio do Plano Safra do Semiárido. Para amenizar os efeitos imediatos da estiagem, o governo mantém o Bolsa Estiagem mensal de R$ 80,00 para 1,3 milhão de agricultores que temporariamente não têm como produzir.
Com esses recursos do Plano Safra Semiárido, nós vamos ajudar os agricultores do Semiárido a retomar a produção, recuperar os rebanhos, e o que é muito importante, fazer reservas de água e de alimento para os meses de seca. Não podemos aceitar que os nossos agricultores não tenham água nas suas propriedades ou alimento para o rebanho durante a estiagem, disse a presidenta, acrescentando que também queremos recuperar e fortalecer a produção e o consumo de alimentos regionais, como, por exemplo, a mandioca, além da criação de ovinos e caprinos, porque eles já estão adaptados ao Semiárido, disse Dilma.