CRÉDITO - ... E O NORDESTE VIROU SOLUÇÃO



Antes considerada um problema, a região cresceu acima da média nacional durante a Era Lula 


Não tinha mágica a ser feita. Não era necessário reinventar a roda. O Nordeste, região berço do país, hoje com 53 milhões de habitantes, carecia de decisão política, de ação. A histórica desatenção por parte do poder público e o domínio de oligarquias alimentadas pela opressão precisavam ser enfrentadas com distribuição de renda, com geração de oportunidades, com obras estruturadoras e indutoras de tempos mais justos. 

Oito anos é período ínfimo diante de séculos da conveniente propagação da imagem de miséria, dos retirantes da seca, de região-problema do país. Mas em dois mandatos, o presidente Lula redescobriu e apresentou ao país um Nordeste atrativo, repleto de soluções.Mulher da academia, afeita à exatidão dos números, a economista e professora da UFPE, Tânia Bacelar, opta pela subjetividade para definir a revolução empreendida pelo presidente na região. ´Lula deixa um bem imaterial imenso, que foi mostrar que o Nordeste tem potencial`, diz. ´Hoje o país olha o Nordeste de modo diferente. Não só como lugar de miséria, mas de potencial, de mercado. As empresas demonstram isso ao investirem aqui`, avalia. Tânia sublinha bem o governo de Lula ao compará-lo a gestões anteriores. 

Há uma diferença crucial: ele cuidou também da redução das desigualdades sociais. O governo foi muito favorável ao Nordeste, com uma política explícita para a região. Fez isso no país inteiro. Mas, como no Nordeste o quadro social é mais grave, os benefícios aqui foram mais sensíveis, tiveram muita força`. O impacto social, que garantiu estabilidade para famílias, gerou o impacto econômico. ´Ao estimular o consumo, viabilizou investimentos importantes como a Transnordestina, a duplicação da BR-101, as adutoras, a transposição (do Rio São Francisco)`. Esse grande bloco de obras dinamizou a construção civil, gerou empregos, aqueceu a economia de localidades longínquas do Sertão. 

O emprego registrou crescimento de 43% na região, que liderou o crescimento do emprego formal no país, com 5,9% ao ano, entre 2003 e 2009. A taxa foi superior àde 5,4% do Brasil como um todo e do Sudeste, que foi de 5,2%. A taxa de pobreza absoluta caiu 28,8%, segundo dados divulgados em julho pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas (Ipea). Também foi reduzido o total de pessoas vivendo com até meio salário mínimo. No final da década passada eram 69,8%. 

Em 2008, 49,7% da população.Paralelamente à formação de um mercado consumidor, com distribuição de renda e emprego, o governo federal, ainda ampliou o acesso à educação elementar e estendeu campis de universidades federais e criou outros - destes, quatro estão no Nordeste. O Programa Brasil Alfabetizado, que em 2003 não chegava a um milhão de matriculados, atingiu 7,4 milhões de alunos em 2009. Há oito anos, o programa de Educação de Jovens e Adultos em assentamentos formou 29,6 mil pessoas. No ano passado, 142,3 mil brasileiros tiveram a realidade transformada.

O próprio presidente resumiu, em discurso durante visita a obras da Transnordestina no Ceará, no dia 13, porque virou os holofotes para a região:´Não era justo que o Nordeste continuasse sendo tratado como se fosse a escória deste país, como se não tivesse direito. Ou seja, o Nordeste aparecia na imprensa brasileira com o maior índice de mortalidade infantil, maior índice de analfabetismo, maior índice de doença não sei das quantas, doença de Chagas. Era preciso que o Nordeste tivesse o mesmo direito. A gente não quer tirar de ninguém, a gente quer apenas ter o mesmo direito e as mesmas coisas que eles (outras regiões) têm`, disse. Sem mágica; com decisão, com capacidade de trabalho.

Antes considerada um problema, a região cresceu acima da média nacional durante a Era Lula 

Não tinha mágica a ser feita. Não era necessário reinventar a roda. O Nordeste, região berço do país, hoje com 53 milhões de habitantes, carecia de decisão política, de ação. A histórica desatenção por parte do poder público e o domínio de oligarquias alimentadas pela opressão precisavam ser enfrentadas com distribuição de renda, com geração de oportunidades, com obras estruturadoras e indutoras de tempos mais justos. 

Oito anos é período ínfimo diante de séculos da conveniente propagação da imagem de miséria, dos retirantes da seca, de região-problema do país. Mas em dois mandatos, o presidente Lula redescobriu e apresentou ao país um Nordeste atrativo, repleto de soluções.Mulher da academia, afeita à exatidão dos números, a economista e professora da UFPE, Tânia Bacelar, opta pela subjetividade para definir a revolução empreendida pelo presidente na região. ´Lula deixa um bem imaterial imenso, que foi mostrar que o Nordeste tem potencial`, diz. ´Hoje o país olha o Nordeste de modo diferente. Não só como lugar de miséria, mas de potencial, de mercado. As empresas demonstram isso ao investirem aqui`, avalia. Tânia sublinha bem o governo de Lula ao compará-lo a gestões anteriores. 

Há uma diferença crucial: ele cuidou também da redução das desigualdades sociais. O governo foi muito favorável ao Nordeste, com uma política explícita para a região. Fez isso no país inteiro. Mas, como no Nordeste o quadro social é mais grave, os benefícios aqui foram mais sensíveis, tiveram muita força`. O impacto social, que garantiu estabilidade para famílias, gerou o impacto econômico. ´Ao estimular o consumo, viabilizou investimentos importantes como a Transnordestina, a duplicação da BR-101, as adutoras, a transposição (do Rio São Francisco)`. Esse grande bloco de obras dinamizou a construção civil, gerou empregos, aqueceu a economia de localidades longínquas do Sertão. 

O emprego registrou crescimento de 43% na região, que liderou o crescimento do emprego formal no país, com 5,9% ao ano, entre 2003 e 2009. A taxa foi superior àde 5,4% do Brasil como um todo e do Sudeste, que foi de 5,2%. A taxa de pobreza absoluta caiu 28,8%, segundo dados divulgados em julho pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas (Ipea). Também foi reduzido o total de pessoas vivendo com até meio salário mínimo. No final da década passada eram 69,8%. 


Em 2008, 49,7% da população.Paralelamente à formação de um mercado consumidor, com distribuição de renda e emprego, o governo federal, ainda ampliou o acesso à educação elementar e estendeu campis de universidades federais e criou outros - destes, quatro estão no Nordeste. O Programa Brasil Alfabetizado, que em 2003 não chegava a um milhão de matriculados, atingiu 7,4 milhões de alunos em 2009. Há oito anos, o programa de Educação de Jovens e Adultos em assentamentos formou 29,6 mil pessoas. No ano passado, 142,3 mil brasileiros tiveram a realidade transformada.


O próprio presidente resumiu, em discurso durante visita a obras da Transnordestina no Ceará, no dia 13, porque virou os holofotes para a região:´Não era justo que o Nordeste continuasse sendo tratado como se fosse a escória deste país, como se não tivesse direito. Ou seja, o Nordeste aparecia na imprensa brasileira com o maior índice de mortalidade infantil, maior índice de analfabetismo, maior índice de doença não sei das quantas, doença de Chagas. Era preciso que o Nordeste tivesse o mesmo direito. A gente não quer tirar de ninguém, a gente quer apenas ter o mesmo direito e as mesmas coisas que eles (outras regiões) têm`, disse. Sem mágica; com decisão, com capacidade de trabalho.