Vulcão nas Canárias dá sinais de colapso; medo de Tsunami no Atlântico segue em 2012
O  vulcão El Hierro, localizado na ilha de mesmo nome, no arquipélago das  Canárias, vem preocupando cientistas de todo planeta pela constante  atividade vulcânica apresentada desde 2010, inclusive com forte emissão  de gases.
Este  início de ano continua com notícias preocupantes, já que foram  detectado "tremores harmônicos" no local.   Antes de entrar em erupção,  normalmente os vulcões dão diversos sinais, que são interpretados pelos  vulcanólogos como sinal de alerta. Um desses sinais é conhecido como  tremor harmônico e é um indício muito significativo de que a pressão no  interior da montanha poderá ser liberada abruptamente.
O  problema é que El Hierro fica muito próxima a Ilha de La Palma,  considerada por muitos cientistas uma área de risco permanente para uma  tragédia de proporções bíblicas.
O  vulcão Cumbre de Vieja, localizado na Ilha de La Palma, no arquipélago  das Canárias preocupa cientistas de todo planeta desde que foi detectada  a possibilidade de um tremor no local provocar o deslizamento de grande  quantidade de terra, o que provocaria uma Megatsunami de proporções  catastróficas em todo Atlântico, inclusive no litoral brasileiro, mais  especificamente na Paraíba que fica no ponto mais extremo das Américas.
Apesar do indício, nenhum alerta de tremor foi emitido.
Equipamentos para vigilância de vulcão que pode provocar Tsunami no Nordeste são roubados
O  Instituto Tecnológico de Energias Renováveis (ITER), em Tenerife,  denunciou hoje o roubo de instrumentos que servem para o monitoramento  de vulcão Cumbre Vieja em La Palma, a mais ativa das Ilhas Canárias. O  ato de vandalismo pode colocar em risco o programa de vigilância  vulcânica na ilha. 
Como indicado pelo órgão, em um comunicado, o aparelho ficava em uma  estação de geoquímica, tendo sido colocado permanentemente em La Palma  desde janeiro de 2000 para monitorar o vulcão Cumbre Vieja, o mesmo  funcionava fazendo um registro contínuo das emissões de gases vulcânicos  não são visíveis a olho nu nos últimos 11 anos, em particular da  emissão difusa de dióxido de carbono (CO2), um importante parâmetro para  o monitoramento do vulcão. 
O custo do equipamento é de cerca de 35.000 euros. 
O vulcão Cumbre de Vieja é apontado como possível responsável por uma  tragédia futura de grandes dimensões, que resultaria em uma Tsunami no  Oceano Atlântico, atingindo inclusive o litoral brasileiro e mais  especificamente os estados da Paraíba e Pernambuco.
Recentemente o ClickPB fez uma entrevista com um geógrafo que acompanha o caso desde 2007, leia.
"Não  estamos deitados em berço esplêndido". Com esta frase o geógrafo, Paulo  Rosa, fez um alerta estarrecedor, tratando da possibilidade de um  tsunami (onda gigante) atingir o litoral paraibano.
Professor  de Geociências da UFPB (Universidade Estadual da Paraíba), na cidade de  João Pessoa, Paulo revelou que em 2007 foi procurado por pesquisadores  ingleses que monitoram a atividade vulcânica na Ilha de La Palma, no  arquipélago das Canárias, onde o vulcão Cumbre Vieja é o grande motivo  de preocupação, já que se entrar em erupção pode provocar um  desmoronamento de grandes proporções no oceano Atlântico, resultado em  ondas que poderiam "viajar" em uma velocidade de até mil quilômetros por  hora (em um ângulo de 360º), atingindo o litoral nordestino, apenas 8  horas após o início da catástrofe.
O  aumento da preocupação global com possível desastre é o fato de que nas  últimas semanas dezenas de tremores de terra de pequena magnitude vêm  ocorrendo nas Ilhas Canárias, podendo, segundo alguns pesquisadores,  indicar uma retomada da atividade vulcânica na região.
O  Comité Científico do Plano Especial de Proteção Civil e Emergência de  Risco Vulcânico, nas Ilhas Canárias (PEVOLCA), se reuniu na semana  passada na ilha "El Hierro" para avaliar o aumento da atividade sísmica  registada. Para que se tenha uma ideia da seriedade do fato, o Instituto  vulcanológico das Canarias enviou uma equipe de especialistas para  conduzir um estudo de emissões em toda região, a fim de fornecer  informações adicionais sobre essa anomalia sísmica detectada.
Falta de estrutura para pesquisa é maior problema
"Desde  2007 estamos tentando um convênio entre UFPB, Ministério da Ciência e  Tecnologia, Marinha do Brasil e Governo do Estado, mas até hoje nada  aconteceu", desabafa o professor, que torce para que o governador,  Ricardo Coutinho, busque o governo federal para viabilizar uma estrutura  que possa monitorar as marés.
Rosa  alertou ainda que é necessário que seja criado um plano de evacuação  das cidades do litoral paraibano para que, no caso de um tsunami, vidas  humanas não sejam perdidas. "Imaginemos que esta onda tivesse apenas um  metro e a mesma ocorresse em uma maré 2.8, teríamos uma onda de quase 4  metros de altura e a maior parte do litoral paraibano não está mais de 3  metros acima do nível do mar", avaliou.
O  problema é que segundo pesquisas recentes no Reino Unido, as ondas  geradas por este desastre podem passar dos 30 metros, mas sobre estes  números Paulo Rosa desconversa. "Não posso afirmar nada disso sem dispor  do equipamento adequado para que possamos fazer as projeções  necessárias. Já houve um caso de ondas de mais de 30 metros atingindo o  Canadá, justamente por um deslocamento de terra, mas é impossível fazer  esta previsão sobre o Brasil, se não temos a estrutura mínima para os  estudos".
Existe proteção?
O  que poderia proteger os brasileiros, mais especialmente os habitantes  do litoral nordestino de uma tragédia dessa magnitude? Segundo o  professor Paulo, a natureza é a grande defesa do nosso litoral, através  dos arrecifes e mangues, mas com a destruição deste ecossistema por  parte da sociedade, que a cada dia ocupa uma faixa de terra mais próxima  do mar, a tendência é que o tsunami não encontrasse nenhuma  resistência, provocando um desastre incalculável.
"Precisamos  preservar os mangues e os arrecifes por diversos motivos e este caso de  uma onda gigante é apenas mais uma das razões", refletiu.
O que é a estrutura adequada?
Segundo  o professor Paulo Rosa, a estrutura adequada para o monitoramento das  marés e demais pesquisas relacionadas a esta área em João Pessoa, em  2007, ficaria por volta de R$ 14 milhões, custo estimado na época em que  se cogitou a assinatura de um convênio. Um valor bastante pequeno, se  considerarmos, por exemplo, os custos da Estação Ciência (obra  arquitetônica localizada em João Pessoa), no Cabo Branco cujo valor  passa dos R$ 47 milhões.
"Seria  necessária a construção de um prédio com uma estrutura moderna e um  supercomputador. Além de estações oceanográficas que seriam espalhadas  por todo o litoral", explicou.
Um navio da Marinha do Brasil ainda seria incluído no projeto, para auxiliar nas pesquisas.
Existe motivo para pânico?
Não  existe motivo para pânico, segundo o professor. Apesar de não se saber  quando ocorrerá esta catástrofe, o ideal é fazer o monitoramento do  oceano e preparar a população para o caso de uma tsunami, com informação  e um plano de evacuação. "Toda uma população tentando deixar o litoral  por uma única BR é algo impraticável", arrematou Paulo Rosa.
Existe risco de tsunami na PB? vídeo gravado ontem mostra atividade vulcânica na ilha El Hierro
Esclarecimentos:
Após  o ClickPB iniciar o acompanhamento da atividade vulcânica no  Arquipélago das Canárias, tudo em decorrência de uma entrevista  realizada em 2010 com o professor Paulo Rosa, da Universidade Federal da  Paraíba, vários questionamentos surgiram sobre a possibilidade de uma  megatsunami atingir o litoral brasileiro, mais especificamente a costa  dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Lembramos que  as informações que chegam a imprensa brasileira são produzidas por  equipes espanholas, que acompanham a atividade vulcânica no local, e que  a ilha El Hierro (onde existe atividade vulcânica mais intensa  atualmente) não é a ilha onde está localizado o Cumbre de Vieja, vulcão  que preocupa cientistas de todo planeta, mas as duas ilhas são bem  próximas.
O internauta que estiver interessado em acompanhar a situação de El Hierro pode fazê-lo diretamente pelo site http://earthquake-report.com/pt/2011/09/25/el-hierro-canary-islands-spain-volcanic-risk-alert-increased-to-yellow/
Quanto  a questionamentos que foram feitos em redes sociais sobre o tema,  esclarecemos que cientistas de todo planeta acompanham diariamente  notícias relacionadas a ilha de La Palma, onde fica o Cumbre de Vieja e  demais ilhas próximas. Lembramos ainda que jamais buscamos instaurar  qualquer  clima de pânico, mas apenas informar os internautas sobre um  problema real que merece ser no mínimo encarado como preocupante pelas  autoridades.
Lembramos  que não existe nenhum alerta de Tsunami para os países banhados pelo  Oceano Atlântico, incluindo o Brasil, mas parafraseando o geógrafo,  professor Paulo Rosa: "Não estamos deitados em berço esplêndido".
Professor  de Geociências da UFPB (Universidade Estadual da Paraíba), na cidade de  João Pessoa, Paulo revelou que em 2007 foi procurado por pesquisadores  ingleses que monitoram a atividade vulcânica na Ilha de La Palma, no  arquipélago das Canárias, onde o vulcão Cumbre Vieja é o grande motivo  de preocupação, já que se entrar em erupção pode provocar um  desmoronamento de grandes proporções no oceano Atlântico, resultado em  ondas que poderiam "viajar" em uma velocidade de até mil quilômetros por  hora (em um ângulo de 360º), atingindo o litoral nordestino, apenas 8  horas após o início da catástrofe.
Desde  então nossa equipe acompanha a atividade vulcânica no local sem  exageros ou sensacionalismo, mas com o respeito que o fato exige.
Mais vídeos sobre Tsunamis no Brasil
WWW.NORDESTE.TV
